O COBOL (Common Business-Oriented Language) é uma linguagem de programação de alto nível que foi desenvolvida na década de 1950. Ela foi projetada especificamente para atender às necessidades das aplicações de processamento de dados comerciais. Naquela época, os computadores estavam se tornando mais acessíveis e as empresas estavam começando a automatizar suas operações de negócios.
O COBOL foi criado por um comitê de programadores de diferentes empresas e organizações, liderado por Grace Hopper, uma pioneira da ciência da computação. O objetivo era desenvolver uma linguagem que fosse facilmente compreensível para os usuários de negócios, em vez de apenas para especialistas em computação. O COBOL foi projetado para ser legível e permitir a expressão de regras de negócios complexas de forma clara.
Na década de 1960 e 1970, o COBOL se tornou a principal linguagem de programação para sistemas de processamento de dados em empresas e governos em todo o mundo. Muitas organizações investiram fortemente em sistemas baseados em COBOL para automatizar suas operações de negócios. Esses sistemas foram projetados para lidar com tarefas como processamento de folha de pagamento, controle de estoque, faturamento e contabilidade.
Ao longo dos anos, houve várias revisões e atualizações da linguagem COBOL para acompanhar as mudanças tecnológicas. Embora outras linguagens de programação tenham surgido e ganhado popularidade desde então, o COBOL continua a ser amplamente utilizado na atualidade. A razão para isso está principalmente no grande volume de sistemas legados que foram construídos com COBOL e ainda estão em operação.
Esses sistemas legados são essenciais para o funcionamento de muitas empresas e governos. Eles contêm décadas de dados e lógica de negócios críticos, e substituí-los por novos sistemas seria extremamente caro e arriscado. Portanto, as organizações optaram por continuar usando esses sistemas e mantendo o COBOL como a linguagem principal para mantê-los funcionando.
Além disso, muitos dos programadores que originalmente desenvolveram e mantiveram esses sistemas legados estão se aposentando, o que levanta preocupações sobre a falta de habilidades em COBOL entre a nova geração de programadores. Como resultado, ainda há demanda por especialistas em COBOL, que são capazes de manter, modernizar e integrar sistemas legados com as tecnologias atuais.
Vale ressaltar que o COBOL também é usado em novos projetos em algumas organizações, especialmente na indústria financeira e governamental. Embora outras linguagens tenham surgido com recursos mais avançados, o COBOL continua sendo uma escolha viável para determinados cenários, devido à sua confiabilidade, segurança e capacidade de lidar com grandes volumes de dados.
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Embora o COBOL seja mais conhecido por sua utilização em sistemas legados, ainda existem diversas aplicações específicas em que essa linguagem de programação é utilizada atualmente. Aqui estão alguns exemplos:
Setor financeiro: Muitas instituições financeiras, como bancos e seguradoras, possuem sistemas críticos baseados em COBOL. Esses sistemas são responsáveis pelo processamento de transações bancárias, gerenciamento de contas, cálculos de juros, emissão de faturas e outros processos financeiros complexos.
Setor de seguros: Empresas de seguros geralmente têm sistemas de back-end construídos com COBOL. Esses sistemas lidam com tarefas como emissão de apólices, cálculos de prêmios, processamento de sinistros e gerenciamento de informações de segurados.
Administração pública: Governos em diferentes níveis, como municipal, estadual e federal, ainda utilizam o COBOL em muitos de seus sistemas. Isso inclui áreas como folha de pagamento dos funcionários públicos, sistemas de previdência social, processamento de impostos e serviços de saúde.
Indústria de serviços públicos: Empresas de serviços públicos, como fornecedores de energia elétrica, gás e água, têm sistemas baseados em COBOL para gerenciar a leitura de medidores, faturamento, gerenciamento de clientes e manutenção de infraestrutura.
Logística e transporte: Empresas de logística, transporte e frete costumam ter sistemas em COBOL para rastreamento de mercadorias, gerenciamento de inventário, cálculo de rotas e programação de entregas.
Setor de varejo: Grandes varejistas que operam com sistemas legados ainda podem usar o COBOL para tarefas como processamento de pedidos, gerenciamento de estoque, controle de preços e gestão de programas de fidelidade.
Esses são apenas alguns exemplos de aplicações onde o COBOL é utilizado atualmente. É importante notar que, em muitos casos, essas aplicações são parte de sistemas legados existentes que ainda são essenciais para as operações das organizações. Portanto, a demanda por profissionais especializados em COBOL continua a existir para a manutenção, atualização e integração desses sistemas com tecnologias modernas.
2 comentários:
Fiz um curso de cobol pra concorrer a uma vaga em 2017 mas desisti porque é um ambiente muito trabalhoso de configurar e testar, mas a linguagem é legal até
Estudei Cobol nos anos 90, mas realmente comparando com as linguagens atuais, ela tem um ambiente de configuração e testes pouco amigável.
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